quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Manifesto ao Plágio

Hoje eu me deparei com um texto bem legal no Caligraffiti, falando justamente sobre a questão de plágio dentro do design. A maioria de nós já deve ter esbarrado em uma marca/produto/peça gráfica/etc que é uma cópia deslavada de outra existente (não estou falando de cópia pirata. Falo de quando você vê um Ipod e a sua empresa lança um aparelho de reprodução de arquivos retangular com uma tela grande).

A questão é até onde o designer é inspirado por trabalhos alheios e passa a copiar descaradamente. O texto abaixo é bem legal e fala justamente sobre esse problema de uma maneira bem legal. Vale a pena uma lida:
 
"Recebemos por email e twitter uma série e casos de profissionais que estão se aprimorando na arte de plagiar. Primeiramente gostaria de dizer que o Caligraffiti não é um veículo que tem a intenção de ser o “dedo-duro” dos plagiadores, mas confesso que acontece um entusiasmo para postar os cases… Segundo a Wikipédia define:
O plágio é o ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc) contendo partes de uma obra que pertença a outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original. No ato de plágio, o plagiador apropria-se indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma.
Mas será que em um mundo 2.0 não passa pela cabeça desses super profissionais que essa cópia vai ser viralizada? E pior do que isso, será que eles não pensam que isso vai sujar no nome da empresa? E para finalizar, será que ele não pensa no artista que desenvolveu aquele projeto? Com certeza o dinheiro recebido é maior que toda essa dor de cabeça, senão isso não faria sentido.

Não sei se é assim com vocês, mas quando estou desenvolvendo um projeto, esse se torna um filho pra mim. E quando esse filho faz sucesso, que felicidade! E isso aconteceu devido à anos de estudo, muita inspiração e transpiração.

E o que o plagiador faz? Copia tudo e vende. Coitadinho, não foi ele que copiou, foi o seu chefe que pediu… Pior ainda.

Já me pediram para fazer cópias. Acho que existe um momento para conversar sobre plágio, sugerir um trabalho com uma proposta parecida, mas que não seja uma copia descarada. Faz parte do trabalho do designer sugerir, argumentar e projetar. E se mesmo assim seu chefe quiser a cópia, meu amigo, esse não é um bom lugar para trabalhar.

E existe uma espécie de prazer quando encontramos um caso assim. É uma espécie de vergonha alheia, que sentimos como se fosse uma vitória ver um profissional se depreciando ao fazendo um plágio. Recentemente um caso viralizou muito rápido no twitter, muitos pageviews e muitos RTs. O que isso significa? Que gostamos de colocar o dedo na ferida. Não precisamos passar por isso, temos muitas referências e podemos utilizá-las!

Eu disse referências…"

E ai? Conseguiu lembrar de algum caso de plágio recentemente (eu consigo ver uns dez a minha volta, mas para evitar processos, prefiro nem escrever aqui)?

O importante é ter em mente que antes da empresa e dos seus interesses, vem a sua ética. Não é só porque mandaram que você deve fazer. Faça como o Uno de Oliveira sugere em seu texto: converse com o seu chefe, apresente alternativas e evite ao máximo copiar algo que já deu certo, só porque deu certo ou só porque se acredita que é certeza de vendas e aceitação. As vezes é melhor você ficar uns dias sem trabalho, do que se vender e compactuar com uma atitude dessas. Convenhamos que, se há precedentes, cada vez mais pedidos desse tipo apareceram e cada vez mais a carreira de designer ficará manchada.

Por tanto pensem bem: vale a pena copiar algo em tudo, só por conta de uns trocados ou um chefe feliz?
Por Antônio Luiz Cunha, que se inspira em coisas simples que funcionam, mas que até agora nunca plagiou a idéia de ninguém...até agora

O Texto escrito no post foi retirado daqui: http://www.caligraffiti.com.br/




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